Ex-opositor de António Costa colabora na revisão de estatutos do partido. “Há gente em Portugal a ocupar cargos políticos há mais tempo que o Salazar”, diz o socialista, em entrevista ao Expresso Diário, insistindo em eleições primárias para todas as candidaturas. “Os partidos precisam de um banho de cidadania”

Daniel Adrião disputou a liderança da Juventude Socialista a António José Seguro e Sérgio Sousa Pinto. Perdeu ambas. Membro da Comissão Nacional do PS, apoiou António Costa à liderança do partido, em 2014. Dois anos depois, no 21º Congresso Nacional do Partido Socialista, apresentou a moção “Resgatar a Democracia”, disputando a liderança com o atual primeiro-ministro.

Daniel Adrião, o homem que concorreu contra António Costa nas últimas eleições internas do PS, quer o partido a adoptar primárias para todas as eleições internas e externas e a rever o sistema eleitoral. Isso seria uma “revolução política em Portugal”, garante.

O líder da corrente minoritária socialista, Daniel Adrião, afirmou hoje que o atual Governo não pode limitar-se a repor rendimentos e a ser o "negativo fotográfico" do executivo de Passos Coelho, devendo antes ter uma visão estratégica.

Entrevistas

É uma das poucas vozes críticas dentro do PS e promete continuar a bater-se pela renovação. Daniel Adrião defende que os cidadãos «estão cansados de passar cheques em branco aos partidos» e lamenta que existam tantas resistências à mudança dentro do Partido Socialista.

Líder do movimento Resgatar a Democracia apoia Costa como PM mas quer sangue novo na direção do partido. E é, para já, o único candidato assumido contra o atual secretário-geral para as diretas de maio.

Daniel Adrião, candidato a secretário-geral do PS, lamenta que exista “um exercício pouco transparente de nomeação de quadros partidários para altos cargos na administração pública, sem que se lhes conheça ou reconheça competências e mérito curricular para o exercício desse tipo de funções”.